Uma nova forma de escrita
Como o Twitter pode estar mudando o futuro da
arte de contar histórias
POR RITA J. KING, VIA CO.EXIST
A cada cinco dias, um bilhão de pequenas
histórias de 140 caracteres no Twitter é gerado por pessoas ao redor do mundo.
E essas mensagens não se perdem como éter. Em vez disso, estão sendo arquivadas
pela Biblioteca do Congresso dos EUA como parte da missão de organização de
contar a história dos EUA e do mundo. O arquivo inclui agora 170 bilhões de
mensagens e cresce todos os dias.
Os padrões da vida humana serão armazenados
neste arquivo sobre o Twitter como uma forma de sedimento digital. Cada meme e
revelação vão deixar uma marca no registro construída das mensagens dos 500
milhões de usuários da rede social ao redor do mundo (e outros 150 mil que se
inscrevem todos os dias).
E como o futuro da narrativa será influenciado
pelo Twitter? Leia mais.
Quando o machismo atrapalha
Homens esgotados, exaustos da cobrança de um
ideal masculino inatingível
POR REGINA NAVARRO LINS, VIA UOL
A maioria das pessoas que respondeu à enquete
da semana acredita que o homem machão está perdendo o prestígio. Ainda bem.
Isso é bom para a mulher e principalmente para ele próprio. Os homens estão
esgotados, exaustos de serem cobrados a corresponder a um ideal masculino
inatingível. Sentem-se obrigados a serem fortes, ter sucesso e nunca falhar.
Desde pequenos os homens são desafiados a
provar sua masculinidade. Nunca relaxar para sempre ser considerado macho gera
angústia, além de sentimento de inferioridade entre eles.
Nas sociedades patriarcais ser homem requer um
esforço sobre-humano. Ele é tão emotivo e sensível quanto a mulher, mas aprende
que para ser macho não pode chorar. Tem que ser agressivo, não ter medo de nada
e, mais do que tudo, estar sempre pronto para o sexo.
Como defesa contra a ansiedade que essas
exigências provocam, e para encobrir o sentimento de inferioridade por não
alcançar o ideal masculino, eis que surge o machão. Sempre alerta, seu objetivo
é deixar claro que despreza as mulheres, os homossexuais e é superior aos
outros homens. Leia mais.
Redução de danos? Esqueça
É proibido e faz mal. Ponto. É a guerra
perdida há tempos para as drogas
POR LUIZ CAVERZAN, VIA FOLHA DE S. PAULO
A
recente decisão do governo do Estado de São Paulo de destinar uma quantia em
dinheiro para que usuários de crack possam ter recursos para tentar abandonar o
vício está gerando muita polêmica, e o programa até já recebeu alcunha de
"bolsa crack".
Há
muito o que se discutir a respeito desta medida, mesmo sob a perspectiva de
quem acredita que as atuais políticas de combate a drogas não surtem efeito,
alimentam ainda mais o tráfico e acabam criminalizando quem na maioria dos
casos não deveria ser tratado como criminoso.
Mas
o que este debate esconde é algo mais profundo, qual seja, o fato de o Brasil
ainda continuar na velha e antiquada linha de combate ao usuário: permanece
atacando o doente em vez de combater a doença. Leia mais.